Você pode ENGANAR
uma pessoa por muito tempo;
algumas por algum tempo;
mas não consegue ENGANAR
todas por todo o tempo.
Abraham Lincoln
Sobre Flávio Josefo
Flávio Josefo – 37 ou 38 — CE 100), também conhecido pelo seu nome hebraico Yosef ben Mattityahu, foi um historiador judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis. Após se tornar um cidadão romano, como Tito Flávio Josefo (latim: Titus Flavius Josephus), lutou contra seu próprio povo e registrou a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano e seu filho Tito. Suas duas obras mais importantes são A Guerra dos Judeus (c. 75) que descreve a guerra entre Roma e Israel e Antiguidades Judaicas (c. 94) onde escreve sobre o povo judeu desde o mito Adão e Eva. Josefo se tornou escritor oficial dos Flavianos e morou nas dependências do palácio romano.
Era uma prática comum os historiadores inventarem ou adicionarem detalhes para criar uma boa história dos seus governantes. Josefo fez elogios e colocou discursos heróicos nas bocas de Vespasiano e Tito durante a batalha na Judéia para impressionar os seus leitores e também como forma de agradecimento pela sua vida.
Em Guerra dos Judeus Josefo transformou Tito em um herói e uma pessoa com um coração bom, que tentou salvar Jerusalém e o templo da destruição, e assim culpando os judeus pelo ocorrido. Da própria introdução de Josefo para a Guerra Judaica, ele revela que a guerra contra os romanos e a destruição do Templo foi por causa do temperamento sedicioso dos judeus. Tito que foi o responsável pela destruição diz ter dado tempo para o “ARREPENDIMENTO” dos sediciosos:
“Por isso, foi um temperamento SEDICIOSO que a destruiu, e que eles foram os tiranos entre os judeus que trouxeram o poder romano sobre nós, que NOS ATACARAM SEM QUERER e ocasionaram a queima do nosso templo sagrado, Tito César, que destruiu é ele próprio uma testemunha que, ousando toda a guerra, TEVE PENA DAS PESSOAS que eram detidas pelos SEDICIOSOS, e muitas vezes atrasou voluntariamente a tomada da cidade, e deu tempo ao cerco, a fim de permitir aos autores OPORTUNIDADE DE ARREPENDIMENTO”. (Guerra dos Judeus – Flávio Josefo – Introdução)
Nos Evangelhos Josefo cria as profecias detalhadamente e coloca na boca de Jesus e em Guerra dos Judeus, ele descreve exatamente como essas profecias se cumpriram durante a campanha de Vespasiano e Tito Flávio. De acordo com Josefo, Tácito e Suetônio os Flavianos seriam os MESSIAS esperados pelos judeus no século I. Abaixo seguem as três referências sobre quem seriam os Messias ou Cristos:
“Nos antigos registros de seus sacerdotes continha uma PREVISÃO de como, neste mesmo momento, o Oriente deveria se tornar poderoso, e os GOVERNANTES, vindos da Judéia, deveriam adquirir um IMPÉRIO UNIVERSAL. Essas misteriosas profecias tinham apontado Vespasiano e Tito…” (Tácito, Histórias, 5. 13)
“Uma ANTIGA SUPERSTIÇÃO era atual no Oriente, que da Judéia viriam os GOVERNANTES do mundo. Esta previsão, como mais tarde provou, se referia aos dois imperadores romanos, VESPASIANO e seu FILHO TITO; mas os judeus rebeldes, que lêem como se referindo a si mesmos”. (Suetônio, Vida de Vespasiano)
“Mas o que, mais do que tudo, os incitou à guerra foi um oráculo ambíguo também encontrado em seus escritos sagrados, que: “Naquela época, um de seu país se tornaria governante do MUNDO HABITÁVEL.” Isso eles levaram a significar um de seu próprio povo, e muitos dos sábios foram enganados em sua interpretação. Este oráculo, no entanto, na realidade significou o governo de Vespasiano, que foi proclamado Imperador enquanto estava na Judéia”. (Guerra de Josefo dos Judeus, 6.5.4)
Tantos os Evangelhos, quanto o livro do Apocalipse foram escritos após a destruição de Jerusalém no ano 70 EC. Ou seja, não existem profecias, pois os Evangelhos foram escritos após todos os eventos terem acontecido. Os autores dos Evangelhos simplesmente usaram os eventos do livro Guerra dos Judeus e colocaram na boca de Jesus para ser entendido como se Tito Flávio e Vespasiano tinham cumprido as profecias de um oráculo. Dessa maneira os imperadores garantiam que seus atos foram guiados por um deus e com isso o sangue derramado não seria considerado um pecado.
Josefo era um dos escritores contratados pelos imperadores Vespasiano e Tito após a guerra e tanto Josefo quanto os imperadores tinham controle de tudo o que estavam falando ou escrevendo, tanto em Roma quanto em Israel. Os imperadores tinham total conhecimento sobre os Evangelhos e as histórias sobre Jesus, porque foram eles os responsáveis por sua criação.